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Vendedor de salgados deficiente desabafa após ser humilhado por cliente
O ser humano é podre

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“Fiz com maior carinho, fui até na casa, aí não quis mais porque demorei um pouco. Gente, eu faço tudo na mão, sou deficiente físico, faço tudo com dificuldade, agora vieram me xingar, me ofender. Sobrou muito salgado. Se alguém quiser”. Foi com este desabado no Facebook que o vendedor de salgados José Rafael Marciano, de 32 anos, expôs ao Brasil o pior do ser humano.

Rafael, esposa e filhas

Um cliente não aceitou a mercadoria encomendada após a demora, que foi ocasionada pela dificuldade do tranbalhador em fazer tudo com apenas uma mão. O G1 de Marília, em São Paulo, onde o caso aconteceu, ouviu o rapz. “O cliente pediu a encomenda por volta das 9h para que os salgados fossem entregues às 11h. No entanto, como eram mais de 50 unidades, ele só terminou o serviço às 13h. Aí ele me xingou no telefone, disse que eu não era profissional, que eu era vagabundo, que eu tinha que ter avisado antes. Eu fiquei magoado, triste, chorei muito porque sou muito emotivo”, lembra Rafael.

SOLIDARIEDADE

Foram milhares de mensagens de apoio após o desabafo e choro de Rafael. Que renovou as forças após o carinho. “Fiquei muito feliz porque estou recebendo muita ajuda. Recebi ligação de vários países, me dando apoio inclusive financeiramente. Até famosos compartilharam. Estou anestesiado, nem consegui dormir”, admite Rafael.

Rafael levanta às 6h30

Rafael não tem uma mão, nasceu sem as costelas do lado esquerdo e tem problemas no coração. Já sofreu infarto e teve de deixar o ofício de pintor, que era pesado demais para sua condição. Ele é casado e tem três filhas de 4, 8 e 10 anos. “Minhas vendas triplicaram. Eu e minha esposa levantamos às 6h30 e vamos até de madrugada fazendo os salgados”.

 

Desabafo nas redes sociais

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